Este espaço virtual existe desde 1994, ao longo dos anos muitas alterações foram realizadas e enfim em 2010 a pedidos, tive que reiniciá-lo para atender a todos os públicos. O objetivo é divulgar o que considero importante para a 'Educação para a Vida e para a Morte'. Espero poder corresponder às expectativas.

Participe, divulgue-o, publique, comente, critique, provoque, colabore, discuta e contribua você também por um mundo saudável e melhor...Obrigada, fico feliz por sua presença!

domingo, 31 de julho de 2011

Filme - Comentário ao "Antes de Partir"

 

"Este filme é um magnífico e que sinceramente vale a pena ver, basta estarem presentes estes dois grandes actores da sétima arte. Neste filme vivenciamos experiências com eles, mostram-nos que não se deve simplesmente desistir da vida, mas lutar por ela ate não ser mais possível. Uma vez luta-se com sucesso, outras nem tanto. Sabemos que falhamos por termos tentado, pelo menos tentamos e isso é importante. Devemos aproveitar uma segunda oportunidade vida que nos fora dada, mesmo que seja pequena. Vale sempre a pena viver, vemos a nossa família a crescer, amamos o nosso parceiro incondicionalmente mas de outra forma. Vemos a vida de outra forma.
As palavras que foram escritas atrás podem ser vivenciadas, mas podem ser vivenciadas através de imagens.
Vale a pena viver!
É realmente um grande filme que merece ser visto e passado de boca em boca."

 
 
 

Colóquio "Luto"

 

Irá realizar-se no dia 12 de Maio, na biblioteca da Escola Sede do Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades um colóquio sobre o LUTO, que contará com a presença do Dr. Fidalgo Freitas, médico psiquiatra em Viseu.


Neste colóquio obter-se-ão resposta às questões:
 - O que é o luto?
 - Quando termina o processo de luto?
 - De que forma é que o luto leva a uma melhor aceitação da morte?
 - Quando alguém pratica Eutanásia o luto é vivido de forma diferente do que se tivesse seguido o percurso natural da morte?
 - De que forma as unidades de Cuidados Paliativos ajudam no processo do luto?
 
Disponível em: http://antesdepartir12.blogspot.com/2011/05/coloquio-luto.html

Por que falar de LUTO?

 


Por que falar de LUTO??


Estudos desde a década de 40 apontam para a descoberta de que o comportamento do luto poderia ser semelhante a uma doença.
( Franco,2002)


Existem várias definições de luto:


*Averiel e Nunley, 1993: emoção ou doença, na perspectiva sócio-construtivista;


*Parkers, 1993: transição, na visão psico-social;


*Rosenblat, 1993: contexto social para expressão de sentimentos;


*Gerber, 1971: período de crise em que há desequilíbrio entre a dificuldade e a importância do problema e os recursos imediatamente disponíveis para lidar com ele.



"Não podemos esquecer que o que dizemos sobre a morte e o luto refletem os valores culturais e que os estudos apontam cada vez mais a questão da subjetividade."


Exsitem autores que classificam fases do luto! É importante conhecê-las mas não se pode levá-las ao pé da letra.


Por exemplo:

Livro: “Terapia do luto” Wordem,1998.
Tarefas do luto:


- aceitar a realidade da perda,


- para elaborar a dor da perda,


- ajustar-se ao ambiente,


- reposicionar emocionalmente o falecido.
 

Sobre Estágios da Vida... e Padrões de Comportamento...



O livro: Sobre a Morte e o Morrer (Elizabeth Kübler-Ross) foi meu primeiro contato teórico com questões da morte...  foi a partir daí que pude entender mais a vida...
A morte, como diz Rubem Alves  é nossa companheira e conselheira silenciosa diária... "a Morte não é algo que nos espera no fim. É companheira silenciosa que fala com voz branda, sem querer nos aterrorizar, dizendo sempre a verdade e nos convidando à sabedoria de viver...."
Bom, falar de morte é falar de vida... conhecer as questões da morte torna as questões da vida mais especiais, importantes e significativas... pequenos momentos, simples encontros, contatos, carinhos...

Enfim... pensando nisso e lendo sobre isso resolvi postar aqui algumas consideraçoes sobre o asunto...
Todos nós em muitos momentos da vida nos deparamos com situações inesperadas , imprevisíveis, difíceis, desagradáveis...
Elisabeth Kubler Ross e Barbara Brennan  em seus estudos encontraram padrões de comportamento frente a situações difíceis como perdas, doença, morte...

Negação e Isolamento: é o primeiro estágio após o contato com a situação inesperada e desagradável, aparece como uma forma de defesa temporária, é o início do processo onde a pessoa pode entrar em estado de choque ou torpor. Esta atitude de negar ou isolar-se não significa que a pessoa não queira ou não se sinta mais aliviada em compartilhar suas angústias com pessoas ao seu redor, é apenas um tempo, uma fase para que ocorra a elaboração do processo...

Raiva: normalmente manifesta-se quando não é mais possível negar o processo de perda, luto, morte, doença, etc... e traz outros sentimentos como indignação, ressentimento e revolta. Este é um dos estágios mais difíceis, pois a raiva se propaga em todas as direções atingindo a todos e muitas vezes sem uma razão plausível para isso... normalmente a pessoa traz junto uma sensação de castigo ou punição... Quando é possível expor estes sentimentos angustiantes a pessoa pode sentir-se aliviada, muitas vezes o medo de enfrentar a situação torna todo o processo mais difícil...

Barganha: é um recurso normalmente utilizado para adiar o inadiável... A barganha consiste em trocas, promessas, chantagens numa tentativa de aliviar uma culpa que existe internamente... " e se eu tivesse feito isso..." " e se não tivesse feito aquilo..." Esta é uma fase difícil e que exige maturidade e reflexão para a elaboração do processo...

Depressão: este é o momento onde se entra em contato com a dor da separação, da falta, da perda e com a impotência diante da morte. É um momento de preparação para a perda do que se ama... Normalmente a família apresenta dificuldade em lidar com este estágio, buscando sempre animar o doente, porém este período de depressão é necessário e benéfico pois permite que exista a possibilidade de aceitação e entendimento deste período difícil... é preciso muita sensibilidade, compreensão e apoio de amigos e familiares pois essa fase só é bem elaborada se houver ambiente adequado para abraçar essas angústias e ansiedades da pessoa em dificuldades ou doente...

Aceitação: este estágio nem sempre é atingido por todos... muitas pessoas continuam em uma luta constante com a situação difícil, perdas, doença ou possibilidade de morte, agarrando-se a falsas esperanças, tornando difícil a aceitação. Quando alcançado este estágio caracteriza-se por um estado de tranquilidade e paz, onde a pessoa não foge mais do que esta vivendo ou viveu. Pode existir a tristeza pelo acontecido ou pela possibilidade de morte ou separação, mas existe uma possibilidade de despedida consciente, novamente faz-se importante a sensibilidade de amigos e familiares no suporte à pessoa com dificuldades, podendo auxiliar a enfrentar a situação de maneira saudável...

Transformação: este estágio só é alcançado quando todos os demais estágios puderam ser vivenciados e elaborados com profundidade... a reflexão, na maioria das vezes com apoio terapêutico, o apoio adequado de familiares e de amigos torna possível a mudança de um padrão de funcionamento, as escolhas mudam, a consciência muda... a pessoa passa a conhecer-se mais profundamente e passa a entender seu funcionamento frente as situações de sua vida. Estando mais conectada, mais inteira, ela passa a entender suas escolhas, e os resultados das mesmas... Assim torna-se mais consciente e presente, desfrutando de novas possibilidades, novos caminhos...

 

Livro - A Roda da Vida

 


"A médica Elizabeth Kubler-Ross, autora de "Sobre a Morte e o Morrer", desenvolveu um trabalho pioneiro. Seus estudos sobre a morte e as fases do luto tiraram aquele escuro véu sobre o assunto e, como resultado, muitos temas da área médica deixaram de ser considerados tabus, melhorando a qualidade de vida de milhares de pacientes terminais desde então.

A Roda da Vida é a sensacional autobiografia da autora, que pode também ser considerada como um livro de desenvolvimento humano, místico e que ajuda a compreender todo o trabalho de sua vida.

Vivendo uma vida cinematográfica por excelência, Elizabeth escreveu cada capítulo de forma muito tocante, como se fossem contos. Sua infância, sua passagem pela II Guerra e muitas de suas aventuras são relatadas de forma clara e doce, que me fez devorar rapidamente as páginas.

E, quando menos se espera, a história de Elizabeth Kubler-Ross dá algumas guinadas sensacionais. Uma, em particular, me deixou de queixo caído. Posso dizer que o livro adquire tons fantásticos mais para o final, o que para mim foi uma grande surpresa.

Em certo momento, a cientista cética começa a ter experiências que a fazem perceber que há algo além do que nossos olhos podem enxergar. Algumas pessoas poderiam antecipar este momento do livro, já que desde as primeiras páginas ela procura deixar claro que, em nossa vida, não existem coincidências nem acaso: tudo faz parte de um plano maior.

Definitivamente, um dos melhores livros que já li na vida, cheio de lições importantes vindas de uma pessoa que cumpriu, muito bem, sua missão na Terra.

Modelo de Kübler-Ross

 

Modelo de Kübler-Ross


Por Raissa Dantas de Sá
Estudante do sexto período do Curso de Medicina / CCM / UFPB
Extensionista do Projeto Continuum (PROBEX / UFPB)
Grupo de Estudos em Semiologia Médica (GESME)

Estudos sobre cuidados paliativos e filosofia em cuidados paliativos estão se tornando cada vez mais incorporados à prática médica, tanto em relação à educação quanto à pesquisa, como demonstram Zimmerman e Wenemberg (2006).
 

Nesse contexto, o Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição do processo de luto e perda em cinco estágios pelo qual as pessoas passam ao lidar com a morte e o morrer.

O modelo foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross em seu livro “Sobre a morte e o morrer”, publicado originalmente em 1969 (KÜBLER-ROSS, 1998). Os estágios são conhecidos hoje como “Os Cinco Estágios do Luto” (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte).

Segundo Kübler-Ross, esses estágios psíquicos também são observados no comportamento do corpo funcional da instituição hospitalar.

Os estágios são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Nem todos os pacientes passam sequencialmente por todas estas fases.

(1) negação: o doente nega a doença, “amortecendo” o impacto do diagnóstico; (2) revolta: quando não é mais possível negar, a negação é substituída por sentimentos de revolta e ressentimento; (3) barganha: já que a revolta não resolve o problema, tenta-se obter a cura através de barganhas e promessas a Deus; (4) depressão (interiorização): surgem lamentações, queixas, desinteresse e a necessidade de ficar só; e (5) aceitação: não há mais depressão ou raiva, mas uma contemplação do fim próximo com um certo grau de tranqüila expectativa, e a compreensão de que a vida chegou ao fim.

Quando os cinco estágios são compreendidos pelos profissionais da área da saúde, juntamente com o enfrentamento do medo da morte, o tratamento dado ao paciente se torna mais humanizado, assim como as condições de trabalho no hospital (BANNERMAN, 2005).

A influência de Elisabeth Kübler-Ross, uma psiquiatra americana e tanatóloga (especialista em morte como fenômeno e seu impacto na subjetividade humana), chegou muito além de sua área de atuação profissional. Suas palestras, oficinas, apresentações multimédia e livros alcançaram milhões de pessoas ao redor do mundo, abrindo linhas de comunicação sobre a questão da morte e do morrer.

Referências
BANNERMAN, E. On Kübler-Ross: is there a sixth stage of dying? Am J Hosp Palliat Care, 22 (1): 13, 2005
KÜBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. 8.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
DUGAN, D. O. Appreciating the legacy of Kubler-Ross: one clinical ethicist’s perspective. Am J Bioeth, 4 (4) 24-28, 2004
ZIMMERMANN, C.; WENNBERG, R. Integrating palliative care: a postmodern perspective. Am J Hosp Palliat Care, 23 (4): 255-258, 2006

Processo de Elaboração do Luto


Elizabeth Kubler-Ross, psiquiatra suíça, radicada nos EUA, ficou famosa mundialmente por seus escritos e trabalho com a terminalidade da vida, enfim uma expert em assuntos sobre a morte e o morrer. Em 1969, escreveu o seu livro mais importante e que causou grande impacto na área dos cuidados de saúde, On Death and Dying (Sobre a Morte e o Morrer), em que fala dos estágios pelos quais as pessoas passam quando estão na fase final de vida: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Autora de mais de 20 livros, que foram traduzidos em 26 idiomas, foi escolhida pela Time Magazine em 1999 como “um dos 100 mais importantes pensadores do século XX”.

Podemos pensar neste processo de elaboração do luto, diante de qualquer tipo de perda importante em nossas vidas, seja ela por: separações, doença, mudanças significativas, amputações, dentre outras. Faz com que passemos por uma avalanche de emoções para posteriormente conseguirmos nos organizar e dar um novo sentido em nossas vidas. Elizabeth Kubler-Ross (1969) classificou essas 5 fases como parte do processo de elaboração do luto. Isso não quer dizer que elas obrigatoriamente sigam uma seqüência ou que tenham que ser vivenciadas da mesma forma por todas as pessoas.
  1. Negação e Isolamento: Impacto inicial da notícia onde pode ocorrer uma paralisação na pessoa e ela não conseguir dar seguimento a pensamentos. Também é comum nessa fase que se tente negar o ocorrido, não acreditando na informação que se está recebendo. A negação é uma defesa temporária, sendo logo substituída por uma aceitação parcial. Também é comum uma transição em falar sobre a realidade do assunto em um momento e de repente negá-la completamente.
  2. Raiva: Surgem sentimentos intensos como: raiva, revolta, inveja e ressentimento, além da clássica pergunta: “porquê eu?”. Esta raiva, geralmente é projetada no ambiente externo, no sentido de inconformismo. Neste momento os familiares podem sentir pesar, culpa ou humilhação.
  3. Barganha: Após ter se revoltado, e nada adiantado, passa-se a utilizar inconscientemente outro recurso, tentando fazer algum tipo de acordo que faça com que as coisas se restabeleçam. Geralmente este movimento volta-se para à religiosidade. Ex.: promessas, acordos, pactos, geralmente em segredo.
  4. Depressão: Ocorre um sofrimento profundo, onde já não se pode mais negar os acontecimentos e nem se revoltar contra eles. É a fase de introspecção profunda e necessidade de isolamento.
  5. Aceitação: Tendo superado as fases anteriores, percebe-se e vivencia-se uma aceitação do rumo das coisas. Os sentimentos não estão mais tão a flor da pele, como se a dor tivesse esvanecido, a luta tivesse cessado e as coisas passam então a ser enfrentadas com consciência das possibilidades e das limitações.
Elizabeth Kubler-Ross (1969)

Marcelo Gianini
Psico-oncologista
psicologia@mamainfo.org.br

Coisas da Vida e da Morte - Elisabeth Kübler-Ross

Creio haver um momento na vida em que se dá início a um percurso consciente, sem retorno, em direcção à morte. É uma escalada gradual para um fim, mais ou menos próximo, e é um trajecto de reconciliação com a vida e de aceitação da morte. O papel do enfermeiro será, na minha óptica, o de tentar harmonizar esse percurso, aliviar a dor e o sofrimento e proporcionar conforto e apoio.
Estas palavras tão vãs e tão ocas, não conseguem descrever o desmesurado e complexo processo que é cuidar do doente terminal e da sua família. É um processo muitas vezes doloroso, de avanços e retrocessos, feito de amarguras e alegrias. Exige uma formação ética e moral, assim como uma prática reflexiva que permita adequar os cuidados às necessidades do doente.

Elisabeth Kübler-RossElisabeth Kübler-Ross, uma conhecida psiquiatra, facilitou a compreensão da dinâmica da morte. Identificou as fases de negação, angústia, negociação, depressão e aceitação, associadas ao processo da morte e do luto. Deu um forte contributo a todos os profissionais de saúde, especialmente aos que cuidam e tratam dos doentes terminais e que lidam com o sofrimento e a perda.
Autora de mais de vinte livros, foi consagrada pela revista Time como um dos cem mais importantes pensadores do século XX. Faleceu no passado dia 24 de Agosto, com 78 anos, rodeada de amigos e família.
Publicado por Cris em setembro 6, 2004 09:00 PM

 
Disponível em:  http://compingadesangue.weblog.com.pt/arquivo/147459.html

Vídeo - Reflexão sobre Morte e Vida 1

Vídeo - Cliclo da Vida

O fim da vida: morte e luto

 

A morte é considerada a finalização de um ciclo, o fim de tudo. Mas a discussão sobre o que ela é e como ela acontece ainda é considerado um assunto delicado, e muitas vezes até evitado pela maioria das pessoas. O facto de sabermos que ninguém escapará da morte, é o que a torna um assunto tão fascinante e ao mesmo tempo angustiante, pois ela não pode ser evitada. A ciência busca há séculos maneiras de retardá-la e até mesmo suplantá-la, através de medicamentos e pesquisas, obtendo êxito em algumas áreas. O facto é que a vida e a morte são assuntos complexos e que sugerem discussões polémicas e acaloradas.


Mas afinal, o que é a morte?
Procurando o significado da palavra morte, encontramos no dicionário de Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1986) a seguinte explicação: “acto de morrer, o fim da vida genital, animal, fim. Grande dor, pesar profundo”.
Pensando na morte como algo mais profundo, Chevalier et al (2002), designa-a como o fim absoluto de qualquer coisa. Enquanto símbolo, a morte é considerada o aspecto perecível e destrutivo da existência, indicando aquilo que desaparece na evolução das coisas. No entanto, ela é ao mesmo tempo revelação e introdução, pois todas iniciações atravessam uma fase de morte, antes de aceder a uma vida nova. Portanto, a morte tem um valor psicológico que liberta das forças negativas e regressivas, tornando possível à ascensão do espírito. Ela é considerada filha da noite e irmã do sono, tendo o poder de regenerar, ela é, enfim a condição para o progresso e para a vida.
Para Kovács (1992), a morte está presente no nosso desenvolvimento desde o nascimento, onde a criança, na ausência da mãe, mesmo que temporária, sente-se só e desamparada, o que acaba deixando uma marca profunda na vida desta criança. Portanto, a representação mais forte da morte é aquela tida como ausência, perda, separação e as vivências de aniquilação e desamparo. Outro elemento importantíssimo no entendimento da morte é o da culpa, o que é frequentemente atribuído à morte do outro, por conta de nossos pensamentos omnipotentes infantis de desejos de morte, onde nos sentimos responsáveis pela morte do outro, estando muitas vezes associados à falta de cuidados, gerando, portanto a culpa. A morte, do ponto de vista biológico e funcional, é tida como o fim da existência e não da matéria, sendo caracterizada pela interrupção completa e definitiva das funções vitais de um organismo vivo.
A morte então está relacionada a tudo aquilo que nos cerca, fazendo-nos pensar que não somos eternos, que não somos donos de nossa própria vida, tendo que obedecer ao ciclo natural da vida, ou seja, tudo que é vivo um dia morrerá. A morte também nos remete à doença e ao sofrimento, isto é, pensar na morte muitas vezes está associado ao facto de que essa será sofrida, dolorosa, e muitas vezes em decorrência de uma doença grave. A morte também sinaliza o fim de uma etapa, para o início de outra, como o fim da infância e o início da adolescência, por exemplo.
Ao pensar na morte como perda, é importante realçar que a morte do outro se configura como a vivência da morte em vida. É a possibilidade de experimentar a morte que não é a própria, mas é vivida como se uma parte de nós morresse, uma parte ligada ao outro pelos vínculos. Portanto, a perda pela morte é a ruptura irreversível de um vínculo, sobretudo quando ela é real, concreta.
Ducati (1995), discorrendo sobre as perdas enfrentadas no desenvolvimento físico e psíquico do ser humano, destacou que esta poderia ser sentida como separação, morte real e definitiva do corpo físico, sentimento de impotência, limite e cortes no decorrer da vida. Ainda sobre a perda, Kovács (1992) observou que a morte envolve sempre duas pessoas, uma que é perdida e a outra que lamenta a sua falta, sendo que o outro é em parte internalizado na memória, na lembrança numa situação de elaboração do luto. Quando essa morte do outro ocorre de modo brusco e inesperado, há uma desorganização, paralisação e um sentimento de impotência daquele que perdeu.
Esse sentimentos mobilizados pela perda como morte são possíveis por causa do processo de luto e da sua elaboração. Freud, em “Luto e Melancolia” (1917), define o luto como uma reacção à perda de um ente querido, à perda de alguma abstracção que ocupou o lugar desse ente, desânimo profundo, falta de interesse pelo mundo externo e perda da capacidade de adoptar um novo objecto de amor. Ou seja, o objecto amado não existe mais, o que exige que a libido seja desviada para outro objecto, o que causa grande desagrado. Quando finalmente o trabalho do luto termina, o ego está novamente livre e desinibido.
Ainda sobre o processo de luto, convém citar a contribuição da teoria do vínculo de Bowlby de 1985, que descreveu este processo como sendo um conjunto de reacções diante de uma perda, possuindo então quatro fases a serem descritas: a) Entorpecimento: é a primeira reacção, com choque e descrença, durando de horas a dias, havendo crises de raiva e choro. È comum à presença de distúrbios somáticos e a negação da perda pode estar presente como forma de defesa; b) Anseio e protesto: emoções fortes, sofrimento e agitação física. Há um desejo de encontrar-se com o morto com crises de profunda dor e choro; c) Desespero: reconhecimento da imutabilidade da perda, havendo grande risco de apatia e depressão com afastamento do meio social e das actividades, persistindo os distúrbios somáticos, d) Recuperação e restituição: sentimentos positivos e menos devastadores, permitindo uma aceitação e o retorno da independência e iniciativa. Ressaltou ainda que o luto pode ser considerado normal ou patológico, mas não significa que não seja doloroso ou que não exija grande esforço de adaptação às novas condições de vida, tanto por cada indivíduo afectado como pelo sistema familiar, seja sua elaboração normal ou não (Carvalho, 1994). O autor enfatizou que a elaboração saudável do luto se dá com a aceitação da modificação do mundo externo, ligada à perda definitiva do outro, e a consequente modificação do mundo interno e representacional, com a reorganização dos vínculos que ainda existem. Já a elaboração patológica dá-se com a exacerbação dos processos do luto normal, com duração muito longa, com características obsessivas assumindo um carácter irreversível. Dessa forma, duas mudanças devem ser operadas durante o processo de elaboração do luto, primeiramente deve-se reconhecer e aceitar que a morte ocorreu e a relação agora está acabada, e em segundo lugar deve-se experimentar e lidar com as emoções e problemas da perda para restabelecer sua vida de acordo com a realidade actual.
A morte mesmo sendo comum a todo ser humano, causa muito medo, por ser a única coisa realmente desconhecida e da qual nunca poderemos escapar.
Pode também representar o medo da solidão, da separação de quem se ama, o medo do desconhecido, do julgamento por seus actos em vida, do que ocorrerá com os seus familiares e por fim o medo do fracasso na realização de seus objectivos, como se a sua “missão” não pudesse ser terminada.
Diante do que foi exposto relativamente à morte pode-se dizer que este é um tema que mobiliza muitas questões, por estar ligado à representação da aniquilação, da doença e da separação daqueles que amamos, por conta disso, podemos dizer que este se torna então um factor extremamente stressante, e como tal, pode estar vinculado ao aparecimento de doenças e por isso merece atenção.

Curso sobre Luto - Nordeste


Abertas as inscrições

O ser humano tem como inerentes à sua existência o vínculo, enquanto base de sua constituição psíquica, as perdas normativas, que acompanham toda sua vida, e a morte enquanto condição de finitude própria e dos entes queridos. No entanto, esses temas se configuram como elementos de complexa elaboração pessoal, sendo muitas vezes difícil para o sujeito enfrentar situações mobilizadoras, do ponto de vista emocional, em algumas circunstâncias de sua vida. Refletir, discutir, orientar e capacitar alunos e profissionais e lidarem com o tema, a partir da ampliação do conhecimento teórico e prático dos profissionais ministrantes, é o principal objetivo do curso Apego e perdas: compreendendo o processo de luto.

Baseado nas reconhecidas teorias de constituição do vínculo e nos mais recentes estudos sobre a psicoterapia do luto, o curso pretende elucidar questões importantes acerca dos temas em questão.
As inscriçoes já foram iniciadas. Serão apenas 40 vagas para o curso que se realizará em 05 módulos (de abril à setembro), com carga horária de 12hs/aula por mês.


O curso será ministrado pelas psicólogas Millena Câmara (especialista e mestre em psicologia do Luto) e Kátia Cristiane Bezerra (mestre na área de família e psicóloga jurídica)  com a participação de convidados, dentre eles, a médica paliativista Daniele Soller, o enfermeiro  e doutor na área, João Bosco e a psicóloga Arieli de Freitas do Rio Grande do Sul, com experiência em desastres aéreos.
Em breve será aqui disponibilizada a programação completa do curso.
Informações e inscrições:
Marianna Mendes - 9418-2852 
Luciana Brasileiro - 8885-7877
apegoeperdas@gmail.com

Disponível em: http://apegoeperdas.blogspot.com/search?updated-max=2011-03-27T14%3A04%3A00-07%3A00&max-results=7

BRASIL - Um dos Piores em Qualidade de Morte

The Economist é uma revista semanal inglesa, respeitada internacionalmente e que possui, entre seus diversos segmentos, uma empresa de pesquisa e consultoria chamada Economist Intelligence Unit, que além de prestar consultoria internacional em negócios, periodicamente pesquisa e produz relatórios sobre a habitabilidade (liveability) nos diversos países. Habitabilidade é palavra utilizada para definir as condições de vida da população de uma determinada região.
Dentro dessa política, recentemente realizou um estudo internacional, o qual deu origem ao relatório que publicaram sob o título: “A qualidade da morte – avaliação dos cuidados no final-da-vida em redor do mundo” em que faz considerações sobre os programas de cuidados paliativos e outras medidas objetivando dar, aos enfermos em fase terminal de sua doença, e a seus familiares, uma melhor qualidade de vida.

Por Evaldo A. D´Assumpção
Disponível em: http://www.nucleofenix.com/site/index.php?option=com_content&task=blogsection&id=7&Itemid=31

sábado, 30 de julho de 2011

Luto Wikipédia


O luto é um conjunto de reações a uma perda significativa, geralmente pela morte de outro ser. Segundo Bowlby quanto maior o apego ao objeto perdido (que pode ser uma pessoa, animal, fase da vida, status social...) maior o sofrimento do luto. O luto tem diferentes formas de expressão em culturas distintas.

Entende-se por luto não somente a reação vivenciada diante da morte ou perda de um ser amado, mas também as manifestações ocorridas em outras perdas, como separações familiares, de amigos, conjugais. Lembranças de valores emocionais, como mudanças de casa e de país, remetem ao processo de luto. Frente à instalação destas perdas significativas, o luto é visto como um processo mental que as designa.
Índice

Cores

O uso de determinadas cores, por exemplo, pode indicar que um indivíduo ou grupo está em luto. Um povo ou país, quando ocorre a morte de uma personalidade importante pode entrar em luto também, sendo comum decratações de luto oficial em diversos países inclusive no Brasil.
Na maior parte da cultura ocidental, quando um amigo ou familiar de uma pessoa morre, é comum ela usar roupas pretas para mostrar seus sentimentos de perda e respeito pela pessoa.

Psicologia da morte

A característica inicial do processo de luto acontece pelas relembranças da perda aliada ao sentimento de tristeza e choro, sendo que a pessoa se consola logo após. Este é um processo que evolui, onde as relembranças são intercaladas com cenas agradáveis e desagradáveis, sem, necessariamente, ser acompanhadas de tristeza e choro. Além destes sentimentos, é comum o estado de choque, a raiva, a hostilidade, a solidão, a agitação, a ansiedade e a fadiga. Sensações físicas como vazio no estômago e aperto no peito podem ocorrer.

A duração deste processo é inconstante e seguido de uma notável falta de interesse pelo mundo exterior. Com o passar do tempo, o choro e a tristeza vão diminuindo e é esperado que a pessoa vai se reorganizando, porém é um processo a longo prazo e os episódios de recaída são comuns. Caso alguém não consiga lidar de uma forma socialmente adequada com a perda por mais de 6 meses, continue em intenso sofrimento e/ou não consiga se reorganizar é considerado um luto patológico e é recomendado que faça psicoterapia.

Existem escalas para medir a gravidade do luto que avaliam fatores emocional, cognitivo, físico, social espiritual/religioso. Um exemplo é a escala proposta por David Fireman:

Pensando a respeito da família, o luto pode provocar uma crise na mesma, pois exige a tarefa de renúncia, de excluir e incluir novos papéis na cena familiar. Percebe-se então que existe aí uma complexidade, pois esta crise pode estagnar o desenvolvimento da família, fator que pode definir o processo de luto.
Entre alguns psicólogos é comum se referir as pessoas significativas em processo de luto pela perda de um ente querido como sobreviventes como forma de reforçar positivamente a luta pela sobrevivência diante de desafios difíceis.

Como forma de encarar melhor a morte o psicólogo pode ressaltar o caráter de fim do sofrimento da morte ou mesmo estimular moderadamente crenças religiosas/espirituais positivas independente da religião do indivíduo. Outra possibilidade é associar a morte com um descanso, tranquilidade, paz, retorno para a natureza e parte natural do ciclo da vida.

Luto na criança

Mesmo bebês em fase antes de aprender a falar já demonstram o processo de luto que são observáveis em desenhos e jogos. Entretanto, é somente a partir do período das operações formais que a criança pode compreender a morte, enquanto fenômeno irreversível, universal e inevitável.

Entre os fatores que influenciam o luto dos adolescentes e crianças, destacam-se o apego e depedência com a pessoa perdida, a percepção que possuem da morte, o quanto tempo tiveram para se preparar para essa situação (luto antecipatório) e a forma de restruturação familiar no caso de perda de um membro da família. Caso o luto não seja enfrentado adequadamente é comum resultar em depressão nervosa ou transtorno de estresse pós-traumático.

Para a psicologia a própria passagem para a adolescência também consiste em um processo de luto da infância. Um luto dessa fase mal resolvido envolve um período mais prolongado de dependência dos cuidadores e posteriormente dos parceiros amorosos. Na psicanálise referem-se ao retorno a infância como regressão.


Referências
  1. ↑ Bowlby J.(1982) Attachment and loss: Retrospect and prospect- American Journal of Orthopsychiatry, 1982 - interscience.wiley.com
  2. ↑ A. Aberastury & cols. (Org.), A percepção da morte na criança e outros escritos (pp. 128-139). Porto Alegre: Artes Médicas. (Original publicado em 1978)
  3. ↑ Bowlby, J. (1993). Separação: Angústia e raiva. Em Apego e perda: Vol. 2 (L. H. B. Hegenberg & M. Hegenberg, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1973)


Imagens: Google imagens.

Projeto Pastoral do Luto - Catolicismo

PROJETO PARA A CRIAÇÃO DA PASTORAL DO LUTO - Revisão em Julho de 2011
 Evaldo A. D´Assumpção
 Médico, Biotanatólogo, Fundador do Departamento de Tanatologia da Associação Médica de MG (Sotamig)
 Senior-member of the Association for Death Education and Counseling (USA).
   
INTRODUÇÃODiante da observação que tenho feito ao longo de vários anos, as famílias enlutadas, tão logo termina a missa da Ressurreição, quase sempre são completamente abandonadas por parte da Igreja Católica, no que diz respeito ao acolhimento efetivo, teológico e psicologicamente preparado e eficaz.
Trabalhando há trinta anos na área de Tanatologia – hoje prefiro denominá-la de Biotanatologia = ciência da vida vista pela ótica da morte – dediquei-me, por mais de dez anos, mais especificamente à questão do luto. Por isso, com frequência era questionado sobre a minha opção religiosa. Especificamente, se era espírita. E, quando me dizia católico, as pessoas admiravam-se: “Como, se na Igreja Católica não se costuma falar sobre a morte?”
Essa imagem de nossa Igreja sempre me incomodou bastante e, exatamente por isso, paralelamente ao trabalho profissional (do qual hoje estou aposentado) que realizava no extinto Núcleo Fênix, dediquei-me a um trabalho voluntário de atendimento a enlutados, com o apoio do Revmo. Pe. Fernando Gomes, pároco da comunidade de Sto. Inácio de Loyola (Bairro Cidade Jardim, Belo Horizonte-MG) e do Centro Paulinas de Belo Horizonte, onde realizava meus Grupos de Suporte ao Luto.
Contudo esta era uma ação como a do beija-flor que tentava apagar o incêndio na floresta. Fazia a minha parte, mas ela era muito pequena diante da necessidade do povo de nosso País. Por esta razão, desenvolvi esse PROJETO PARA A CRIAÇÃO DA PASTORAL DO LUTO, que acredito ter muito maior abrangência que a Pastoral das Exéquias, existente em algumas dioceses.
Alguns sacerdotes questionaram-me se o seu nome não seria melhor PASTORAL DA ESPERANÇA ou PASTORAL DA MISERICÓRDIA. Minha resposta é sempre negativa, pois em primeiro lugar há que se quebrar o medo, o tabu de se falar em morte e luto, não só em nossa sociedade como um todo, mas dentro da Igreja Católica em especial. Em segundo lugar, porque esse trabalho é o de acolher as pessoas que já ESTÃO DE LUTO, para que possam vive-lo inteiramente, pois isso é fundamental para que possam então superá-lo. Sendo assim, não devemos acenar com uma “esperança”, mas como a certeza de que devem e podem superar este processo psicológico que é essencial para que não se guardem traumas nem sofrimentos devidos às perdas sofridas. E em terceiro lugar, porque o luto é um termo mais amplo que engloba a reação psicológica-emocional comum a toda e qualquer perda sofrida.
Repetindo: o luto deve ser vivido e não ignorado ou esquecido por falsa conveniência.
DESENVOLVIMENTOA PASTORAL DO LUTO será formada por leigos e sacerdotes que se disponham a trabalhar com as questões relacionadas à morte, especialmente na fase do luto, seja ele o LUTO ANTECIPATÓRIO, enquanto a família vive uma doença de um parente em sua fase terminal, seja ele o LUTO pela perda já acontecida. Por isso é muito interessante que a Pastoral das Exéquias tenha também uma formação sobre o trabalho com enlutados.

ETAPAS PARA A IMPLANTAÇÃO DA PASTORAL DO LUTO(Que será ótimo se puder englobar a Pastoral das Exéquias, formando uma só, uma vez que o trabalho de uma se entrelaça com a da outra, sendo a Pastoral do Luto bem mais abrangente do que a das Exéquias). 
1º - Uma palestra (de duas horas de duração) ou um pequeno seminário (o que seria melhor) de 4 (quatro) horas, aberto a todas as pessoas que estiverem interessadas e disponíveis a participar desse trabalho. Nele serão dados alguns conceitos sobre vida e morte, e sobre o luto. Nele serão formados também grupos para trabalharem em cima de algumas questões, que serão apresentadas num plenário final, para aquilatar a “vocação” daquelas pessoas para essa Pastoral.
2º - É essencial que aqueles candidatos ao trabalho com o luto, façam primeiro um trabalho consigo mesmos para descobrirem como se situam diante das perdas e da morte.  Afinal, tentar ajudar alguém que está vivendo um problema dessa natureza, sem ter seus próprios problemas resolvidos, é como o coxo tentar ajudar ao manco. 
3º - Em seguida, deve ser realizado um curso preparatório para as pessoas que se auto-selecionaram, com aulas de biotanatologia, noções de teologia, escatologia e liturgia aplicadas ao atendimento a enfermos em fase terminal e seus familiares, bem como a famílias enlutadas.
Para este curso, sugere-se um programa incluindo os seguintes temas, essenciais para se trabalhar com enlutados:

a) Introdução à Biotanatologia – Mitologia e História
b) O Sentido da Vida e da Morte
c) A arte de cuidar, compaixão para acolher
d) Atendimento a pessoas em fase terminal de sua doença e a seus familiares
e) A criança e a morte
f) O Idoso diante da vida e da morte
g) Suicídio – apoio à família
h) Liturgia das Exéquias
i) Morte e Espiritualidade – Conhecimento básico da visão de diferentes religiões, da morte e do após-morte.
j) Escatologia – As realidades futuras na visão cristã-católica.
k) Ritos mortuários. Rito mortuário alternativo (para ausência de corpo)
l) Elaboração do Luto
m) Providências jurídicas para enlutados
4º - Quando tiver um grupo definido e preparado de agentes pastorais, estabelecer escalas de atendimento, com reuniões periódicas (mensal no início, depois trimestral) de supervisão e apoio.
5º - Programação de Grupos de Suporte ao Luto (GSuL), que devem abranger um grupo de paróquias (em Belo Horizonte existem as Foranias que reunem grupos de paróquias, e as Regiões Episcopais, que reunem as Foranias).  Dependendo da realidade de cada Diocese, será definido um número de Paróquias para sediar um GSuL, que pode ser realizado semestralmente no início, aumentando sua frequencia se houver necessidade. O GSuL pode ser realizado num único dia (sábado de 8 às 18 horas, por ex.) ou em seis sessões de 90 minutos, que podem ser uma ou duas vezes por semana. Para conhecimento dessa metodologia, sugere-se a leitura do livro publicado pelas Edições Paulinas: GSUL – GRUPO DE SUPORTE AO LUTO. (Ver na bibliografia, no final desse texto)
6º - Programação de palestras abertas ao grande público, em comunidades paroquiais e com divulgação ampla, para “educação para a vida-perda-morte-luto”.
7º - Disponibilização de horário e local para sacerdotes e ou leigos fazerem atendimento individual nessa área, a pessoas mais necessitadas desse atendimento.
8º - Disponibilizar leigos treinados nessa Pastoral, para atendimento em velórios, inclusive com celebração de ritos próprios, na ausência de sacerdotes.
9º - Na proximidade do Dia de Finados, organizar um seminário de 4 (quatro) horas aberto ao público, abordando questões referentes a perdas e luto. Se possivel, conseguir parceria com empresas funerárias e cemitérios que possam patrocinar esse trabalho, proporcionando local para os mesmos.
10º - Redação de artigos para a imprensa leiga, abordando temas relacionados à vida-perdas-morte-luto.
11º - Disponibilizar pessoas que tenham vocação e se disponham a falar em colégios sobre questões ligadas à Biotanatologia.
12º - Gravar palestras em DVD para que possam ser fornecidas a colégios, paróquias  e outras instituições onde servirão para promover uma educação para a vida-perda-morte-luto, indispensável à qualidade de vida do Ser Humano.
13º - Conseguir um espaço nos meios de comunicação da Diocese (rádio, TV) para um programa de 20 a 30 minutos, uma vez por semana, onde alguns agentes dessa pastoral irão responderr questões dos ouvintes, sobre temas de Biotanatologia. Também para esse programa, pode-se buscar um patrocínio de empresas funerárias.
14º - Imprimir folhetos informativos sobre a Pastoral do Luto e sua programação, para distribuição nas Igrejas.
15º - Por ocasião da marcação das missas da Ressurreição nas secretarias paroquiais, dar aos familiares um ou dois exemplares do livro DIZENDO ADEUS  (Ed. Fumarc, Belo Horizonte), que é um manual de orientação para as pessoas enlutadas, cujo uso foi amplamente comprovado ser de grande utilidade para elas, em empresas funerárias de Belo Horizonte e em algumas paróquias daquela capital. Até onde sabemos, não existe outro livro semelhante e tão completo para pessoas enlutadas, como este, no Brasil.
Também  por ocasião da marcação dessas missas, a Pastoral do Luto deverá disponibilizar para a família, como sugestão, algumas mensagens impressas, para serem lidas no final da celebração. Com isso evitar-se-ão mensagens que costumam ser lidas, sem qualquer sentido e até mesmo com conteúdo contrário à correta doutrina cristã.
16º - A Pastoral do Luto deverá redigir algumas sugestões homiléticas para as Missas da Ressurreição, que sendo aprovadas pelo Senhor Bispo ou Arcebispo, serão distribuídas aos sacerdotes como uma colaboração para essas celebrações.
17º - Anualmente os membros dessa Pastoral deverão participar de um Retiro Espiritual em Silêncio, para meditação nas questões relacionadas às perdas e à morte à luz do Evangelho.
18º - A leitura de livros e textos apropriados é fundamental ao conhecimento e ao aprimoramento das atividades da Pastoral do Luto.

Outras atividades poderão surgir pela criatividade dos Coordenadores da Pastoral do Luto (que deve ter esse nome e nada de “atenuantes” como Pastoral da Esperança, da Misericórdia, etc, que tiram a oportunidade de desmistificar palavras que são tabu em nossa cultura).
Com todo respeito à formação dos sacerdotes, temos observado que um bom número deles tem dificuldades para trabalhar diretamente com a morte, por vezes realizando celebrações com conteúdo mal aproveitado – especialmente nas homilias em missas da Ressurreição – para uma evangelização dos presentes. Que, por ali estarem somente por razões sociais, nem sempre sendo ligados a uma religião, perdem excelente oportunidade para escutarem aquilo que lhes poderia motivar a uma reflexão mais profunda sobre o sentido da vida e da morte, à luz dos Evangelhos.  Para esses sacerdotes, a Pastoral do Luto poderá ser de muito apoio.
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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA PARA EMBASAR ESSE TRABALHO1) Sobre o viver e o morrer - Manual de Tanatologia e Biotanatologia - Evaldo A. D´Assumpção – (2ª edição ampliada) Ed.  Vozes, Petrópolis (2011)
2) Dizendo Adeus (Como viver o luto para superá-lo) – 8ª edição revisada – Ed. Fumarc, Belo Horizonte (2011)
3) Grupo de Suporte ao Luto (GSuL) – Evaldo A. D´Assumpção - Ed. Paulinas (2003)
4) O infortúnio entrou em minha casa – Evaldo A. D´Assumpção – Edição do Núcleo Fênix-Fumarc (2007)
5) Morte e Espiritualidade – Evaldo A. D´Assumpção – Ed. Cirplast-Fumarc, Belo Horizonte (2006)
6) Por que sofro, se procuro ser bom? - Evaldo A. D´Assumpção - Editora O Recado, SP  (1996)
7) O sentido da vida e da morte - Evaldo A. D´Assumpção - Editora O Recado, SP  (1998)
8) Transcomunicação - A comunicação com os mortos explicada pela Parapsicologia - Evaldo A. D´Assumpção - Editora O  Recado,SP      (1996)
9) Coleção: Arquivos de Biotanatologia e Bioética, que já tem os seguintes títulos já publicados:
Volume 1 – Tanatologia – Ciência da Vida e da Morte
Volume 2 – Bioética e Cidadania
Volume 3 – Morrer. E depois?
Volume 4 – Suicídio
Volume 5 – Convivendo com Perdas e Ganhos
Volume 6 – A Criança e a Morte
Volume 7 – O Idoso diante da Vida e da Morte
Volume 8 – Auto-Imagem e Auto-Estima
Volume 9 – Em Busca de Si Mesmo
Volume 10 – Princípios básicos para o atendimento em catástrofes
                                   Evaldo A. D´Assumpção - Ed. Fumarc, Belo Horizonte (2002 a 2011)
10)  DVD – O rio e o mar – O sentido da vida e da morte – palestra do Prof. Evaldo D´Assumpção  - Ed. Fenix, Belo  Horizonte  (2009)
11)  DVD – Enxugando as lágrimas – reflexões sobre o luto – palestra do Prof. Evaldo D´Assumpção  - Ed. Fenix, Belo  Horizonte  (2009
12) Do Luto à Luta - Gláucia Rezende Tavares e colaboradores - Ed. Própria, Belo Horizonte (2001)
13) Terapia do Luto - J.Wiliam Worden - Ed. Artes Médicas, Porto Alegre (1998)
14) Luto – Collin Murray Parkes – Summus Editorial, SP (1998)
15) Viver sem o temor da morte - Renold J.Blank - Edições Paulinas, SP (1984)
16) Reencarnação ou Ressurreição - Renold J. Blank - Edições Paulus, SP (1995)
17) Consolo para quem está de luto - Renold J. Blank - Ed.Paulinas, SP
18) Reencarnação, sonho ou realidade - Edmond Robillard - Edições Paulinas, SP (1984)
19) Biotanatologia e Bioética – Coord. Evaldo A. D´Assumpção – Ed. Paulinas, SP (2005)
20) A Psicoterapia em situações de perdas e luto – Maria Helena P.F. Bromberg – Editora Livro Pleno, Campinas, SP (2000)
21) Estudos avançados sobre o luto – Maria Helena Pereira Franco – Editora Livro Pleno, Campinas, SP (2002)
22) Suicídio: uma morte evitável – Humberto Corrêa e Sérgio Perez Barrero – Ed. Atheneu, São Paulo (2006)
23) Silêncio – José Ricardo de Oliveira – Edição própria – Belo Horizonte (2009)
                                                                      ****************************************************
Os livros do Dr. Evaldo A. D´Assumpção poderão ser adquiridos através do site: http://www.nucleofenix.com/ . Alguns, conforme ali está indicado, deverão ser solicitados diretamente às Editoras, cujos endereços estão também no site.


Disponível em: http://www.nucleofenix.com/site/index.php?option=com_content&task=view&id=152&Itemid=31

Luto - Dor: ninguém foge dela

Encarar o luto, seja pela morte, demissão, fracasso em concursos ou crises amorosas é um desafio....

Fotos: Vlademir Alexandre
  Não adianta querer fugir, basta nascer para começar a perder. Depois de abandonar a proteção e o conforto do útero materno, o ser humano perde quando passa pelas fases de desenvolvimento, quando fracassa no vestibular, é abandonado pela namorada (o), é demitido, se separa, muda de cidade, morre alguém querido.

As perdas são muitas e constantes, e apesar de o medo universal ser mesmo a morte - para os psicanalistas, ela dá sentido à vida e, também, origem a todos os outros medos - não é sempre dela que vem o maior sofrimento.

"As pessoas sentem de forma diferente. A dor depende de quem é o indivíduo, de como ele vivencia a própria vida, de como foram as outras perdas, de sua história, das suas relações, do que significa a coisa perdida e da forma como a perda aconteceu", explica a psicóloga Milena Câmara, que se especializou em psicologia do luto.

Assim, uma mulher pode lamentar mais uma separação que a perda do filho e alguém pode sentir mais alívio que dor quando morre alguém de quem precisou tratar a doença por muitos anos.

Milena Câmara é uma das poucas pessoas do Brasil a se interessar por tanatologia, a ciência que estuda a morte, e implantou em Natal o primeiro serviço de psicologia do luto dentro de um cemitério do país, há seis anos.

Embora a palavra luto remeta à morte, para a psicologia ele é o tempo que uma pessoa leva para elaborar as perdas, quaisquer que sejam elas. "É um tempo para se adaptar às ausências. É como se o mundo da gente mudasse de uma hora para outra: eu tinha, e agora não tenho mais. Isso remete à idéia de finitude e de morte", continua Milena Câmara.
A passagem pelo luto acaba quando são cumpridas quatro tarefas, nessa ordem: aceitar a perda; se permitir sentir tudo o que for preciso - tristeza, raiva, alívio; ajustar-se ao ambiente em que falta a coisa perdida; e, por fim, reinvestir a emoção em outras pessoas ou coisas. Para todas as etapas, um fator é fundamental: a disponibilidade de tempo.

"É importante que você reconheça que precise de um tempo para sofrer, e que esse tempo é relativo. O mundo lá fora é muito cruel. As pessoas dão um tempo determinado para a dor. Até a gente dá", diz a psicóloga. Atropelar o processo de luto faz com que as emoções fiquem contidas, para aparecerem anos depois, ou logo, sob forma de doenças.

"A gente não foge da gente", avisa. A cronologia estabelecida pela sociedade é conhecida: a pessoa deve ficar muito mal do enterro à missa de sétimo dia. Depois disso, é hora de trabalhar e voltar a viver. Aos pais que perderam um filho, são dados três dias de licença no trabalho.

Caso a morte seja "apenas" de outra pessoa da família, é concedido um dia de folga. As outras perdas, como separação, por exemplo, não são consideradas. Grande vilã da era moderna, a falta de tempo também influencia negativamente no preparo para a perda.

É por falta de tempo que os pais delegam a criação dos filhos às babás e é por não se ter tempo que as perdas são substituídas por compensações, como brinquedos, roupas e viagens. "Os valores estão diferentes. Isso tem a ver com o sistema capitalista, com o consumo, a era das aparências.

As crianças são criadas como reizinhos, como príncipes, mas os pais não trabalham muito os sentimentos das crianças porque não dá tempo", opina a psicóloga Ana Elisa de Castro, que trabalha no serviço de luto do Grupo Vila, administrador do cemitério Morada da Paz.
Ela atende os familiares enlutados que requisitam o serviço e também faz aconselhamento virtual no site do Grupo, respondendo e-mails, escrevendo artigos e indicando livros e filmes que falem sobre perdas. Muitas vezes, também é chamada para agir no próprio velório.

A decisão de solicitar ajuda depende apenas da própria pessoa e não existem regras como quantidade de tempo para superar o luto. "Em linhas gerais, a pessoa deve procurar um psicólogo quando está muito difícil continuar a vida", explica Castro.

E o que fazer para consolar alguém? "Ofereça sua presença, seu apoio, e não queira usar compensações. Também não fique comparando com a sua dor, fazendo competição de sofrimento", orienta Milena Câmara.

Também evite "pérolas" como "vestibular tem todo ano", "ele foi para um canto melhor" ou "pior que separação é a morte": "A pior dor é a sua e a do momento."
 

Eu e o Luto - Homenagem

Eu tinha nove anos quando decidi ignorar as ordens de meu pai de deixar seu quarto porque ele estava com muita dor de cabeça e precisava dormir. Sabia que ele costumava  cair rápido no sono e podia eu continuar a assistir às “câmeras escondidas” do Silvio Santos em sua TV sem o menor problema. Mas não se passaram nem dez segundos quando vi minha mãe pular por sobre seu corpo e se agarrar ao telefone ligando para meu tio que era médico. Foi quando notei que meu pai se debatia no colchão em convulsões. Sofria ele ali o primeiro de três derrames que lhe atingiriam naquela noite. E que levariam sua vida embora cinco dias depois.
A notícia veio na madrugada. Meu tio disse na ligação que precisava conversar conosco. Meu corpo tremia. Todos nós tremíamos. Quando a porta abriu e ele abraçou minha mãe, caí em desespero. Ninguém tem estrutura emocional para receber uma notícia dessas, muito menos uma criança de nove anos de idade. A pior dor que senti na vida. E que ainda dói vez em quando, como agora, no momento em que escrevo.
Eram nove horas da manhã quando saía do banho. Estava me arrumando para o velório. Passou um comercial de uma rede de postos estrelado por B.B. King (acho). Na ocasião tocava uma música que eu gostava. E me dei a assobiá-la. Logo fui censurado por meus parentes. Achavam desrespeitoso de minha parte para com meu pai que falecera horas antes. E assim silenciei. Por muito tempo. Só voltei a sorrir sem medo anos depois, já no final da adolescência. Até então, cada vitória era amarga, arrancava-me sorrisos com a estranha melancolia de que algo faltava e, pior, como se eu inconscientemente tivesse alguma culpa no ocorrido.
Meu pai era uma das pessoas mais felizes que existiu. Um cara que levantava o astral de qualquer ambiente. Mas infelizmente  temos a cultura de respeitar nossos entes queridos que perdemos com nossa tristeza. Eu não quero isso para mim. Curto mais certas culturas gringas que reúnem amigos para celebrar a lembrança de um finado em vez de chorar a sua morte. Por mim, meus amigos organizariam um churrasco no dia do meu enterro. E encheriam a cara ao som das músicas que eu mais curtia.
Ontem morreu Fefeu, outro mestre, a exemplo de meu pai, da arte de transformar um encontro entre amigos em momentos extremamente felizes. Estávamos distante há alguns anos, como naturalmente costumamos ficar da maioria de nossos amigos (infelizmente). Mas ele nunca deixou de ser uma figura que eu fazia questão de abraçar sempre que encontrava aí pelo mundo.
Em uma das várias lembranças que agora ressurgem, Fefeu comentava uma piada que contara para a sua mãe sobre a morte de seu irmão (falecido uns dez anos atrás). Sim, da morte do irmão dele. Para a mãe dele. Se bem lembro, “brincava” ele com o título da novela “Éramos Seis”, mas posso estar enganado pois até onde sei eles eram só três irmãos (que somados aos pais “eram cinco”). Desrespeitoso? Não. Não acho. Nunca conheci o irmão dele, mas sempre vi em Fefeu um cara que tirava o melhor do pior. Sempre curto pessoas assim. E este era só mais um momento. Talvez por isso gostasse dele. Talvez por isso ele fosse tão querido.
Desde ontem choro aqui e ali. No ônibus que me levou em meio à chuva ao aeroporto. No avião. Agora enquanto escrevo estas palavras. E me dá uma agonia. Porque ele não era um cara das lágrimas. Fecho os olhos e lembro dele sorrindo. É sempre assim. Sempre foi assim. E sempre será. Por isso quero tanto que o tempo corra. Para que a lembrança dele deixe de ser algo que me leve às lágrimas.
Até lá, pode deixar seu sorriso no caminho que eu me aperto e consigo passar com a minha dor. Porque me interessa muito mais que você me contamine que o contrário.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Vídeo - Professora Maria Helena Franco

V Jornada sobre Luto - Temas




A FAMÍLIA, O ÓBITO E A EQUIPE: ACOLHIMENTO NA UTI NEONATAL
Salcedo, E. A. C.1; Souza, J. L.1; Bianchi, M. O.1; Costa, S. M. M.1; Batista, P. M. C.1; Duarte, C. A. M.1; Perina, E. M.2; Barbosa, F. S.2; Camy, L. F. S.2; Cardoso, S. M. S.2; Petreca, P. P. C.2; Carvalho, F. L.2; Marba, S. T. M.2 - 1CAISM - UNICAMP - Neonatologia; 2Centro Infantil Boldrini – Psicologia
A INFLUÊNCIA DO MODO DE MORTE SOBRE AS REAÇÕES PSICOSSOMÁTICAS E PSICOLÓGICAS DO ENLUTADOMoura, C. M.1; Ortegal, R. P.2; Vilela, A. F. B.1 - 1Universidade de Brasília - Instituto de Psicologia; 2UnB - Instituto de Psicologia
"DAY CARE" EM UMA UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL - HOSPITAL DO CÂNCER IV DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER 
Naylor, C.1; Cerqueira, W.2 - 1Instituto Nacional de Câncer - Direção; 2Instituto Nacional de Câncer – Fisioterapia
É PRECISO DIZER ADEUS!
Souza, T. R. C.1 - 1CRT DST/AIDS-SP - Assistência Domiciliar Terapêutica e Paliativa – ADTP
ESCUTANDO A FAMILIA DO PACIENTE TERMINAL
Prudencio, V. P. V.3; Gianini, M. M. S.1 - 1Hospital e Maternidade São Cristóvão - Centro Integrado de Oncologia Clínica e Psico-oncologia – SP
ESTUDO SOBRE AS PERDAS E O LUTO NAS FAMÍLIAS DOS PORTADORES DA DOENÇA DE CREUTZFELDT-JAKOB
Barg, M. A.1; Oliveira, F. F.1; Chamadoiro, U. D.1; Santos, M. J.1; Zullo, J. F.1; Gomes da Silva, E.2 - 1Universidade Estadual de Campinas - Departamento de Neurologia; 2UNICAMP
“ME AJUDA A SUPORTAR TANTA DOR, PARECE QUE VOU FICAR LOUCA”. SUPORTE AOS FAMILIARES DE CRIANÇAS /ADOLESCENTES FORA DE POSSIBILIDADES CURATIVAS ATUAIS NO SERVIÇO DE ONCO – HEMATO – PEDIATRIA - O “HOLDING” DA EQUIPE DE PSICOLOGIA
Wertman, S.1; Gonçalves, M. Z. S.2; Soares, A. L.3 - 1Instituo Nacional de Câncer - Hospital do Câncer I - Serviço de Psicologia; 2Instituto Nacional de Câncer - Hospital do Câncer I - Serviço de Psicologia; 3Instituo Nacional de Câncer - Hospital do Câncer 1 - Serviço de Psicologia
QUANDO O CEMITÉRIO ABRE AS PORTAS PARA A VIDA: CUIDANDO DE QUEM SOFRE A DOR DA PERDA E DE QUEM TRABALHA COM ELA
Camara, C. M. C.1 - 1Grupo Vila – Psicologia
UMA CAMINHADA PARA RELEMBRAR: O SENTIDO DA VIDA, NO PERCURSO DE UMA ADOLESCENTE COM LEUCEMIABarbosa, P. C.1; Rumen, F. A.1 - 1Associação de Apoio à Criança com Neoplasia/Casa Ronald Mcdonald/RJ - Setor de Educação e Atendimento Psicossocial
VIVENDO O LUTO NA FAMÍLIA COM UM MEMBRO SUICIDA
Teixeira, C. M. F. S.1 - 1Coordenadora do Programa de Estudos e Prevenção ao Suicídio e Atendimento a Pacientes com Tentativa de Suicídio – PATS, Departamento de Saúde Mental e Medicina Legal / Faculdade de Medicina/ HC/ UFG. - Psicóloga do Projeto Inter-Vir Suporte em Perdas – Goiânia/ GO
Disponível em: 
http://www.4estacoes.com/jornada2007/temas_livres.asp