Este espaço virtual existe desde 1994, ao longo dos anos muitas alterações foram realizadas e enfim em 2010 a pedidos, tive que reiniciá-lo para atender a todos os públicos. O objetivo é divulgar o que considero importante para a 'Educação para a Vida e para a Morte'. Espero poder corresponder às expectativas.

Participe, divulgue-o, publique, comente, critique, provoque, colabore, discuta e contribua você também por um mundo saudável e melhor...Obrigada, fico feliz por sua presença!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

EPITÁFIO

O QUE VOCE ESCREVERIA EM SUA LÁPIDE?

Internauta - www.aquijaz.com.br
Alcoólatra - Enfim, sóbrio.
Arqueólogo – Enfim, fóssil.
Brother - Fui.
Bailarina - Dancei
Bombeiro - Virei cinzas
Cartunista - Partiu sem deixar traços.
Delegado - Ta olhando o quê? Circulando, circulando.
Ecologista - Entrei em extinção.
Espírita - Volto já
Enólogo - Cadáver envelhecido em caixão de carvalho.
Funcionário Público – É no túmulo ao lado.
Garanhão - Rígido, como sempre.
Gay - Virei purpurina.
Herói - Corri para o lado errado.
Hipocondíaco – Eu não disse que estava doente?
Humorista - Isto não tem a menor graça.
Jangadeiro diabético – Foi doce morrer no mar...
Judeu - O que vocês estão fazendo aqui?
Quem está tomando conta da lojinha?
Médico - Pegaram o cara errado.
Psicanalista - A eternidade não passa de um complexo
Superioridade mal resolvido.
Sanitarista - Sujou!!!
Viciado - Enfim pó.
Tímido - Não olhem assim para mim, morro de vergonha.
Tanatólogo - Agora eu sei...

Quando o animal de estimação morre ....

Revista Atitude nº19 (MG)

"Quem já não passou pela doída tristeza de perder seu cão, gato, papagaio ou passarinho cantador?

Adultos ou crianças, não há quem não sinta a perplexidade diante da morte real. Real sim, porque as mortes que povoam os filmes e os vídeos games são ficções irreais e se tornaram objeto de prazer.

Que tamanha contradição e que confusão não se cria na cabeça das crianças que estão se habituando a cenas fictícias de morte, sem contudo compreenderem a mortalidade como um ciclo natural da vida que precisa ser enfrentado por todos nós.

Embora a morte esteja escancarada, banalizada na TV e nos games, o assunto não é tratado seriamente com as crianças e adolescentes. Mesmo os adultos fogem da reflexão sobre o inevitável enfrentamento da terminalidade do corpo físico, seja de si, de outras pessoas, de animais domésticos aos quais nos apegamos.

Especialistas em tanatologia (estudo da morte e do morrer) alertam que as crianças não devem ser poupadas desta conscientização e de vivenciar os sentimentos de perda. Há livros infantis (servem também para adultos) que abordam em linguagem simples o processo da finitude biológica.

Quando adquirimos um animalzinho devemos preparar as crianças explicando que aquele ser tem um tempo determinado de existência, que poderá durar alguns dias, meses ou anos.

Ensinar as crianças e adolescentes a amar os animais de estimação sem apego é uma boa oportunidade para que nós adultos também aprendamos amar sem apego, reconhecendo a transitoriedade de tudo e de todos.

O veterinário Nicolino F. Lauletta também defende esta postura e sempre que possível conscientiza seus clientes, principalmente as crianças, sobre os cuidados que se deve ter com os animais para a preservação da vida sem perder de vista a inevitável condição transitória dos seres.

Quantos adultos e crianças não ficam doentes quando morre um animal de estimação?

É natural que se fique triste, que se chore, que deparemos com um grande vazio e sintamos a perda.

Mas, quando temos a consciência da transitoriedade do corpo físico de pessoas e animais podemos enfrentar com mais compreensão e serenidade sem grande desequilíbrio.

Exercitar esta conscientização desde a aquisição do animalzinho é uma maneira de preparar as crianças para poupar sofrimentos excessivos nos momentos de perda. Quando a morte ocorre deve-se permitir que as crianças realizem os rituais de luto: o que fazer com o corpo do animal, como guardar lembranças dele etc.

Se você leitor, não sabe como lidar com estas situações pode começar a obter algum conhecimento. Há muitas obras, vídeos de especialistas que tratam do assunto. O conhecimento abre horizontes, proporciona um viver e morrer com qualidade".

Algumas obras infantis:

· A História de uma folha – Léo Buscaglia - Ed. Record

· Conversando sobre a morte – Carla L. C Hisatugo – Casa do Psicólogo

· Tempos de Vida – B Mellonie e R Ingpen – Global Editora

· Ficar Triste não é Ruim – Michaelene Mundy- Ed. Paulus

· Quando alguém muito especial morre – Marge Heergaard – Ed. Artmed

· Medo da sementinha - Rubem Alves – Ed. Paulus

· A montanha encantada dos gansos selvagens - Rubem Alves – Ed. Paulus

· Menina Nina – Ziraldo – Ed. Melhoramentos

O dia em que o passarinho não cantou – Luciana Mazorra e Valéria Tinoco – Ed. Livro Pleno


Disponívelem: Rede Nacional de Tanatologia

Música - Pedaço de Mim

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

Pode uma música expressar com tanta exatidão a dor emocional por perda de pessoa amada, como, por exemplo, uma mãe pela morte de um filho?
Imagino que não. Tanto pelo que tenho lido nestes longos anos sobre luto, como por minha experiência com terapia do luto. A palavra sempre presente, dita por grande parte das mães é: "um Pedaço de mim que se foi!". Essa é a resposta que uma mãe enlutada por morte de um filho, responde sobre como se sente em relação à perda.
Chico é mesmo um poeta ao falar de um tema tabu, morte. Só mesmo um poeta para, em versos, descrever um momento difícil e singular: perda de um ente querido.





Música: Pedaço de Mim - Chico Buarque;
Imagem: Google Imagens.