Creio haver um momento na vida em que se dá início a um percurso consciente, sem retorno, em direcção à morte. É uma escalada gradual para um fim, mais ou menos próximo, e é um trajecto de reconciliação com a vida e de aceitação da morte. O papel do enfermeiro será, na minha óptica, o de tentar harmonizar esse percurso, aliviar a dor e o sofrimento e proporcionar conforto e apoio.
Estas palavras tão vãs e tão ocas, não conseguem descrever o desmesurado e complexo processo que é cuidar do doente terminal e da sua família. É um processo muitas vezes doloroso, de avanços e retrocessos, feito de amarguras e alegrias. Exige uma formação ética e moral, assim como uma prática reflexiva que permita adequar os cuidados às necessidades do doente.
Autora de mais de vinte livros, foi consagrada pela revista Time como um dos cem mais importantes pensadores do século XX. Faleceu no passado dia 24 de Agosto, com 78 anos, rodeada de amigos e família.
Disponível em: http://compingadesangue.weblog.com.pt/arquivo/147459.html
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