Era uma lagarta
Que a caminhar
No verde galhinho
Foi procurar
Um bom lugarzinho
Para descansar
Dormiu muito tempo
E, assim, fabricou
Um fio bem longo
Onde se enrolou
E, quando acordou
Que bela surpresa!
Virou borboleta
Foi uma beleza
A lagarta e a borboleta
Uma lagarta rastejava em busca de alimento em um jardim, quando viu uma borboleta pousada numa flor. Ao olhar para aquela beleza, foi tomada por um sentimento até então desconhecido. Parecia insatisfação, ou seria um desejo? Sim, era um desejo que chegava a doer. Desejava poder voejar por sobre as flores, fazendo brilhar suas asas multicoloridas sob a luz do sol. Mas como lagarta que era, seguiu rastejante seu caminho rindo-se da própria audácia em desejar o impossível. Mal sabia que naquele instante estava nascendo uma borboleta. Sim, era o momento do seu despertar, de começar a tomar consciência da sua verdadeira identidade.
Sentia-se estranha, não lhe era mais possível agir como as outras lagartas, felizes em busca de alimento e convívio. Sentia que lhe faltava alguma coisa, havia dentro dela um vazio que nada preenchia.
Buscou junto a vários amigos, até de outras espécies, a cura para o seu mal. Ninguém a entendia, alguns criticavam e até chegavam a zombar de sua procura.
Um dia percebeu que era capaz e tecer uma substância que se assemelhava a um brilhante fio de Luz. Começou a nele se envolver e foi tecendo, tecendo, tecendo, até perceber que não havia mais saída. Ficou só, e na escuridão do seu casulo, começou a se lembrar da sua origem. Nascera uma borboleta multicolorida!
Então era daí que vinha aquela saudade, aquela insatisfação. Era o desejo de voltar de onde viera!
E no silêncio de sua volta havia vida. Sentia estar passando por uma transformação que embora às vezes doesse, a estava levando ao seu destino, ao propósito para o qual havia sido criada.
Um dia viu uma luz que quase a cegava e lentamente foi seguindo em sua direção. Enfim, conseguira sair. E qual não foi sua surpresa, percebeu que tinha asas, tal qual sua mãe. Tinha asas e podia voar! O sol, atravessando suas asas, desvendava cores e brilhos delas.
Cheia de gratidão percebeu que poderia ser útil colhendo o pólen das flores e espalhando-o por onde passasse levando beleza e cor. Agora sabia que havia se transformado e também sabia que
podia seguir sendo útil, até que outra transformação ocorresse.
Havia aprendido que nada é estático, que tudo caminha rumo à perfeição.
A lição da borboleta
Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta se esforçando para sair do casulo. Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo era grande demais para passar por ali. Depois de muito tempo, ela pareceu ter perdido as forças e ficou imóvel. O homem, então, decidiu ajudar a borboleta; com uma tesoura abriu o restante do casulo, libertando-a imediatamente. Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha asas amassadas.
O homem continuou a observá-la esperando que ela levantasse voo. A borboleta passou o resto de sua vida rastejando num corpo murcho e as asas encolhidas, incapaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura foi o modo escolhido pela natureza para exercitá-la e fortalecer suas asas.
Algumas vezes, um esforço extra é o que nos prepara para o próximo obstáculo a ser enfrentado. Quem se recusa a fazer esse esforço ou quem tem uma ajuda inadequada pode terminar sem condições de vencer a batalha seguinte e jamais consegue voar até o seu destino.
Disponìvel em: http://www.jardimflorescer.com.br/
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