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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Manifestações normais do Luto



J. William Worden, em seu livro Grief Counseling and Grief Therapy [Aconselhamento e terapia do luto], nos leva a entendermos que a resposta normal ao luto que é classificado em quatro categorias gerais: sentimentos, sensações físicas, cognições e condutas.As pessoas que enfrentam uma perda necessitam saber que é normal sentir-se anormal a respeito da maneira de tratar de sua dor. O sentimento de tristeza é provavelmente o mais comum na experiência do luto. Ainda que não haja lágrimas necessariamente, quase sempre a pessoa chora. Alguns temem a tristeza, especialmente a intensidade dela. É permitida a expressão deste sentimento, sentem como se estivessem enlouquecendo. O luto é um companheiro que não sabe das normas sociais; se expressa nos lugares mais publico. Se não expressamos nossa tristeza (com ou sem lágrimas), mais tarde poderemos ter problemas. Outros sentimentos comuns que Worden identifica são ira, culpa, auto censura, ansiedade, fatiga, impotência, sobressalto, saudades e angustia, emancipação, alivio, entorpecimento. 

Sensações físicas: As pessoas que estão de luto podem experimentar um vazio no estômago, apertos no peito e na garganta, e um sentimento de despersonalização, falta de ar, e uma sensação geral de fraqueza nos músculos. O corpo é a nossa morada. Não pense que o luto por uma perda não afetará o corpo. As pessoas que estão de luto frequentemente se perguntam: Porque sinto tanto cansaço em todo tempo? Alguns tentam engolir o luto, mas somente os leva a sentir-se oprimidos ou uma sensação de nó. As lágrimas têm qualidades químicas que aliviam a tensão, e que nos dizem que temos de deixar que nosso corpo expresse o luto.

Cognições: Durante o luto uma pessoa frequentemente experimenta dúvida e confusão. Alguns sofrem tanto pela perda que não podem pensar em outra coisa. Outros têm um sentimento de “presença”. Ainda que saibam que a pessoa se foi, sentem como se ainda estivessem presentes. Uma experiência cognitiva inquietante é a alucinação. Um exemplo disto é quando a pessoa está certa de que viu ao falecido em uma multidão ou que ouviu a sua voz.

Condutas: A insónia, como também o despertar logo cedo de manhã, é normal durante o luto. A conduta distraída também é normal porque a mente esta preocupada. Isto pode ser perigoso ou inofensivo.


O retraimento social é comum e geralmente não dura muito tempo. Quem está de luto necessita, por um tempo, dar-se a permissão de não assistir aos programas que normalmente assistia. Quando o luto é devido a morte de um ser amado, é normal que acabe sonhando com o ente querido. Para alguns é difícil tratar com as coisas que pertencia à pessoa que já não está presente. Não há problemas se a pessoa guarda os objectos por um tempo que seja necessário, no entanto, dois comportamentos comuns podem se tornar problemáticos: a fuga e a imersão. A atitude de fuga refere-se a comportamentos como por exemplo, evitar certas habitações ou lugares. Essa maneira de agir é normal nos primeiros dias depois da morte do ente amado, mas em algumas pessoas a aflição é tão severa que acabam tomando decisões precipitadas, como vender a casa que está cheia de recordações porque é demasiado difícil sobreviver a perda. É prudente que não se tome nenhuma decisão (como vender a casa) durante os primeiros anos, a menos que seja absolutamente necessário. Assim terão tempo de tomar decisões sábias. Há pessoas que na intenção de evitar a dor a curto prazo tomaram a decisão sem haver pensado o suficiente e depois tiveram que lamentar ter vendido a casa cheia de recordações. A imersão refere-se a afundar-se tanto na perda que a pessoa não consegue desfazer-se de nada que tenha conexão com a pessoa. Outros comportamentos normais no tempo de luto incluem a perda de apetite ou a sensação de querer comer constantemente, a hiperactividade, os suspiros, e o choro.

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